Como si fuera un sueno
el peso de tu cuerpo
ilumina a la manana
súbitamente llena de nieve.
Mientras tanto por la calle
siento aún tus besos
masajandome la piel latina
hacia llegar a un destino
que tanto podría ser
un punto de partida (más)
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
Versao espanhola do Cantico Negro
"Ven por aquí" — me dicen algunos
con los ojos dulces
abriéndome) los brazos, y seguros
De que sería bueno que yo los escuchara
cuando me dicen: "ven por aquí!"
Yo los miro con ojos vagos,
(Hay, en mis ojos, ironías y cansancios)
y cruzo los brazos,
y nunca voy por allí...
Mi gloria es esta:
¡Crear deshumanidades!
No seguir a nadie
— Que yo vivo con el mismo sin-voluntad
Con lo que rasgué el vientre a mi madre
No, !no voy por ahí! Sólo voy por donde
Me llevan mis proprios pasos...
Si al que busco saber ninguno de vosotros me contesta
¿Por qué me repetis: "ven por aqui!"?
abriéndome) los brazos, y seguros
De que sería bueno que yo los escuchara
cuando me dicen: "ven por aquí!"
Yo los miro con ojos vagos,
(Hay, en mis ojos, ironías y cansancios)
y cruzo los brazos,
y nunca voy por allí...
Mi gloria es esta:
¡Crear deshumanidades!
No seguir a nadie
— Que yo vivo con el mismo sin-voluntad
Con lo que rasgué el vientre a mi madre
No, !no voy por ahí! Sólo voy por donde
Me llevan mis proprios pasos...
Si al que busco saber ninguno de vosotros me contesta
¿Por qué me repetis: "ven por aqui!"?
Prefiero resbalar en los callejones barrosos,
Remolinar a los vientos,
Como harapos, arrastar los pies sangrientos,
A ir por ahí...
Si vine al mundo, fue
Sólo para desflorar florestas vírgenes,
¡Y dibujar mis propios pies en la arena inexplorada!
Lo más que hago no vale nada.
Remolinar a los vientos,
Como harapos, arrastar los pies sangrientos,
A ir por ahí...
Si vine al mundo, fue
Sólo para desflorar florestas vírgenes,
¡Y dibujar mis propios pies en la arena inexplorada!
Lo más que hago no vale nada.
Como, pues, seréis
vosotros
¿Que me daréis impulsos, herramientas y coraje
Para derribar mis obstáculos?...
Corre, en vuestras venas, sangre vieja de los abuelos,
¡y vosotros amáis lo que es fácil!
Yo amo el Lejano y el Mirage,
Amo los abismos, los torrientes, los desiertos...
¿Que me daréis impulsos, herramientas y coraje
Para derribar mis obstáculos?...
Corre, en vuestras venas, sangre vieja de los abuelos,
¡y vosotros amáis lo que es fácil!
Yo amo el Lejano y el Mirage,
Amo los abismos, los torrientes, los desiertos...
¡Id! Tenéis
carreteras,
Tenéis jardines, tenéis camas de flores,
Tenéis patria, tenéis techos,
y tenéis reglas, y tratados, y filósofos, y sabios...
¡yo tengo mi Locura!
La levanto, como un facho, ardiendo en la noche oscura,
y siento espuma, y sangre, y cánticos en los labios...
Dios y el Diablo son los que me guían, ¡nadie más!
Todos tuvieran padre, todos tuvieran madre;
Pero yo, que nunca empiezo ni acabo,
Nací del amor que hay entre Dios y el Diablo.
Tenéis jardines, tenéis camas de flores,
Tenéis patria, tenéis techos,
y tenéis reglas, y tratados, y filósofos, y sabios...
¡yo tengo mi Locura!
La levanto, como un facho, ardiendo en la noche oscura,
y siento espuma, y sangre, y cánticos en los labios...
Dios y el Diablo son los que me guían, ¡nadie más!
Todos tuvieran padre, todos tuvieran madre;
Pero yo, que nunca empiezo ni acabo,
Nací del amor que hay entre Dios y el Diablo.
Ah, que nadie me dé piadosas intenciones,
¡Nadie me pida definiciones!
¡Nadie me diga: "ven por aquí"!
Mi vida es un vendaval que se soltó,
Es una ola que se elevó,
es un átomo más que se animó...
No sé por donde voy,
No sé para donde voy
¡Sé que no voy por ahí!
¡Nadie me pida definiciones!
¡Nadie me diga: "ven por aquí"!
Mi vida es un vendaval que se soltó,
Es una ola que se elevó,
es un átomo más que se animó...
No sé por donde voy,
No sé para donde voy
¡Sé que no voy por ahí!
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Por estas e por outras razoes nem tive vontade de comecar este artigo com maiúscula.
e de repente comeca o ano sem que uma pessoa sequer se consiga aperceber de tudo o que de repente nos cai em cima. Nao falo do fogo de artifício que os alemaes lancam de forma selvagem na passagem de ano em competicoes selvagens de poder económico com o vizinho.
Falo dos nomes que de repente surgem no horizonte e que cinzentam a minha mente mais ainda do que o céu de Hamburgo. PEGIDA, Charlie Hebdo e o Syriza entre outros tem deixado pouco espaco para acreditar que haverá algo de bom a acontecer num futuro próximo.
Slogans como "Mais batatas e menos kebabs" nas demonstracoes da PEGIDA deixam-me apreensivo. Mas mais me deixa o aperceber-me de que logo se tentam defender do que chamam conspiracao política e pública de os apelidarem de nazis e de os quererem marginalizar na cena social. O facto de ser um movimento que teve o seu início em Dresden está bem longe de ser inocente. O desejo do AfD querer trabalhar juntamente com eles muito menos o é. Nazi talvez seja uma palavra demasiado forte, mas tenho a certeza de que algo de novo está a surgir e isso assusta-me.
Os comentários imediatos após os ataques de Paris nao foram, infelizmente, surpreendentes. assim como também nao o foram os ataques de menor dimensao que se seguiram contra centros islamicos espalhados em Franca, um pouco à semelhanca do que aconteceu no pós-11 de Setembro nos Estados Unidos.
Mas é sobretudo a nível dos comentários que surge parte da minha actual apreensao. A PEGIDA comenta de forma mais ou menos impune os ataques em Paris com teores racistas. A Comissao Europeia na figura do seu presidente critica a possível escolha de milhoes de gregos nas próximas eleicoes. A senhora Merkel continua a comentar as decisoes políticas dos países do sul da Europa como se do seu quintal se tratasse.
Tudo isto em nome de valores e uma ordem que ninguém percebe bem qual é. E é em nome dessa mesma qualquer coisa que sinto que as nossas liberdades pessoais estao a comecar a ser cada vez mais limitadas e isso cinzenta-me os horizontes.
Mas se a mim me cinzenta suspeito que enraiveca muitas outras pessoas e que mais coisas acontecam, originando ainda mais comentários infelizes numa espiral que poderá nao ter bom fim, se por acaso a um fim se poderá chegar.
Por estas e por outras razoes nem tive vontade de comecar este artigo com maiúscula.
Falo dos nomes que de repente surgem no horizonte e que cinzentam a minha mente mais ainda do que o céu de Hamburgo. PEGIDA, Charlie Hebdo e o Syriza entre outros tem deixado pouco espaco para acreditar que haverá algo de bom a acontecer num futuro próximo.
Slogans como "Mais batatas e menos kebabs" nas demonstracoes da PEGIDA deixam-me apreensivo. Mas mais me deixa o aperceber-me de que logo se tentam defender do que chamam conspiracao política e pública de os apelidarem de nazis e de os quererem marginalizar na cena social. O facto de ser um movimento que teve o seu início em Dresden está bem longe de ser inocente. O desejo do AfD querer trabalhar juntamente com eles muito menos o é. Nazi talvez seja uma palavra demasiado forte, mas tenho a certeza de que algo de novo está a surgir e isso assusta-me.
Os comentários imediatos após os ataques de Paris nao foram, infelizmente, surpreendentes. assim como também nao o foram os ataques de menor dimensao que se seguiram contra centros islamicos espalhados em Franca, um pouco à semelhanca do que aconteceu no pós-11 de Setembro nos Estados Unidos.
Mas é sobretudo a nível dos comentários que surge parte da minha actual apreensao. A PEGIDA comenta de forma mais ou menos impune os ataques em Paris com teores racistas. A Comissao Europeia na figura do seu presidente critica a possível escolha de milhoes de gregos nas próximas eleicoes. A senhora Merkel continua a comentar as decisoes políticas dos países do sul da Europa como se do seu quintal se tratasse.
Tudo isto em nome de valores e uma ordem que ninguém percebe bem qual é. E é em nome dessa mesma qualquer coisa que sinto que as nossas liberdades pessoais estao a comecar a ser cada vez mais limitadas e isso cinzenta-me os horizontes.
Mas se a mim me cinzenta suspeito que enraiveca muitas outras pessoas e que mais coisas acontecam, originando ainda mais comentários infelizes numa espiral que poderá nao ter bom fim, se por acaso a um fim se poderá chegar.
Por estas e por outras razoes nem tive vontade de comecar este artigo com maiúscula.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Gubin/Guben oder so
Em tempos tive a ambicao de escrever um pequeno conto sobre uma povoacao dividida entre dois países. Comecei, escrevi algumas linhas. Corrigi. Recorrigi. A ideia perseguiu-me de forma obsessiva chegando mesmo a causar-me insónias. As palavras que escrevia pareciam nunca conseguir exprimir o que sentia e, como sempre acontece nestes casos, acabei por o deixar cair entre raiva e frustracao, continuando, aqui e ali, a ser invadido por esta ideia.
Mas como acontece com todas as paixoes que assolapam a minha alma, tempo chegou em que a detestei, julguei tonta e incapaz de ser concretizada.
Numa recente deslocacao a Cottbus em visita a amigos, fui conduzido a uma pequena cidade na fronteira com a Polónia, de seu nome Guben. Ah e tal, tenho que ir trabalhar, dá uma volta por aí e encontramo-nos daqui a duas horas, disseram-me. Meia hora de deambulacao chegou para me aperceber de onde estava. Uma cidade, dois países, uma fronteira, tres línguas oficiais. De um lado do rio, Guben. Do outro, Gubin. De um lado Alemanha. Do outro Polónia. De um lado lojas com artigos de marca. Do outro um mercado de rua onde sou abordado a cada minuto por senhoras que me perguntam se quero comprar tabaco. Em ambos os lados uma melancólica rivalidade de quem espera por dias que já nao voltam e que a Uniao Europeia também nao logrou esbater totalmente.
A abertura da fronteira nao conseguiu esconder as óbvias diferencas entre os dois lados e o regresso a uma única cidade é hoje uma miragem tao distante como a que em tempos me invadiu e também nunca se concretizou.
Mas como acontece com todas as paixoes que assolapam a minha alma, tempo chegou em que a detestei, julguei tonta e incapaz de ser concretizada.
Numa recente deslocacao a Cottbus em visita a amigos, fui conduzido a uma pequena cidade na fronteira com a Polónia, de seu nome Guben. Ah e tal, tenho que ir trabalhar, dá uma volta por aí e encontramo-nos daqui a duas horas, disseram-me. Meia hora de deambulacao chegou para me aperceber de onde estava. Uma cidade, dois países, uma fronteira, tres línguas oficiais. De um lado do rio, Guben. Do outro, Gubin. De um lado Alemanha. Do outro Polónia. De um lado lojas com artigos de marca. Do outro um mercado de rua onde sou abordado a cada minuto por senhoras que me perguntam se quero comprar tabaco. Em ambos os lados uma melancólica rivalidade de quem espera por dias que já nao voltam e que a Uniao Europeia também nao logrou esbater totalmente.
A abertura da fronteira nao conseguiu esconder as óbvias diferencas entre os dois lados e o regresso a uma única cidade é hoje uma miragem tao distante como a que em tempos me invadiu e também nunca se concretizou.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
España, variação do tema de Jorge Sousa Braga
España
Yo tengo treinta y dos años y tú a veces me haces sentir como si tuviera
quinientos
Que culpa tuve yo de que Cortés se fuera a las
Américas a matar índios y volviera con
un hijo de Doña Marina en los brazos
Casi creo que es todo mentira
Que los Reyes Católicos son una invención
de Walt Disney
Y que el monumento a los caídos es una
construcción de Lego
España
No imaginas como me siento cachondo cuando escucho la Marcha Real
(que me perdonen los más sensibles
obispos de la gran España)
Ayer estuve
jugando al póker con Unamuno
Sigue por el Conxo
Le dieron unos electro-choques y está
recuperando
Excepto el facto que ahora me intenta
convencer de que a Ibéria le espera un futuro de rosas
España
Un día me cerré en la Giralda a ver si cogía la fiebre del imperio
Pero lo único
que me pasó fue un estreñimiento
Un día me fui a buscar los huesos de
Cervantes
Pero lo único
que encontré fue betón
España
Voy a contarte un cosa que nunca conté a
nadie
¿Sabes?
Estoy locamente enamorado de tí
y me pregunto a mí mismo
como me pude enamorarme de un viejo decrépito y tonto como tú
pero que tiene el corazón dulce, aún más
dulce que los turrones de Alicante
y tiene el cuerpo lleno de puntos negros
para poder apretar como me dé la gana
España, ¿me
estás escuchando?
Yo nací en 1982.
Felipe González estaba en el poder. No
tengo resentimientos.
Aznar estuvo en el poder. No tengo
resentimientos.
Nos fuimos a matar gente en Irak. No
tengo resentimientos.
Un día bebí vinagre. No tengo
resentimientos.
Vi a mis
amigos marcharse fuera de España porque no conseguían curro,
Vi a
chinos a vender cerveza en las calles de Barcelona,
Vi a España
a ganar la copa del mundo y bajar en todos los niveles de calidad de vida,
Y así mismo,
No tengo resentimientos.
España,
¿Sabes de
qué color son mis ojos?
Marrones, como los de mi madre
España
Me encantaría besarte muy apasionadamente
En la boca
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Insensatez
- Insensatez.
- Como assim?
- Insensatez, foi o que ele disse.
- Assim sem mais nem menos que
nem o...
- Pois, que nem o padre João
Carlos. Assim de forte, filha.
- Valha-nos Deus que não sei
onde é que este mundo vai parar.
Na vila de Meandros não se precisou
de muito tempo para se espalhar a notícia de que o pequeno João Inácio, filho de Maria de Freitas e de Joaquim
Inácio, donos da mercearia local onde os homens se faziam esquecer das durezas
do quotidiano em fins de tarde regados com vinho a martelo, padecia de
enfermidade tal que ninguém poderia imaginar qual a melhor solução para curar a
pobre criança. Ao sofrimento desmedido
de Maria de Freitas expresso de forma convicta no acender de velas no altar de
Santa Bárbara e de um copo de bagaço a embalar o chá da manhã, contrastou a decisão firme do Joaquim Inácio
de enviar o pequeno João para o Colégio Militar para que se fizesse homem. Esta
coisa da insensatez era um mal que tinha que ser arrancado pela raiz antes que
se tornasse numa epidemia social, vociferou o Joaquim enquanto abria a terceira
garrafa de uísque em dia de jogo do Benfica. Menos mal que os encarnados
ganharam poupando Maria de Freitas aos habituais arrufos da derrota. O amor
sempre assume formas que o coração desconhece.
Já o pobre João Inácio parecia
não se inteirar do que zoava à sua volta. A vila parecia-lhe mais calma do que
nunca, o que não deixava de ser mau sinal. Tal como no mar, demasiada calmia só
poderia ser sinal de tempestade para vir. Por isso ocupava os dias desse fim de
Setembro em passeios pelos campos dourados a contemplar a sensibilidade
agressiva dos cardos secos ou a forma como as folhas das azinheiras se dobravam
ao sol impiedoso. A escola era ainda uma realidade distante, difusa nas
experiências de mais um verão onde a solidão o tinha voltado a abraçar como só
os bons amigos o fazem.
E foi nesse fim de verão que
Maria de Freitas o levou ao médico que uma vez a cada quinze dias ocupava a
cadeira do Posto Médico para cumprir os exames de rotina, não fosse ele estar a parir sarampo ou
maleita semelhante. Preocupada com os silêncios cada vez maiores do seu único
filho e herdeiro total não só da mercearia como de três hectares de oliveiras
galegas e sete de vinhedos de boa e reconhecida fama, acabou por ganhar coragem
para perguntar se o seu filho sofria dessa doença que o século XXI tinha
trazido e que fazia os homens beijarem homens e adoptarem comportamentos iguais
aos dos cães que nem sempre olham à diferença de sexo para satisfazerem os seus
ímpetos.
- Oh minha senhora, isso é
pura insensatez.
Remetida ao silêncio condoido
que estas situações implicam, não conseguiu controlar que a sua cabeça se
enchesse de imagens do padre João Carlos condenado por herege face à insensatez
dos seus actos. Ter negado o privilégio de beijar a mais convicta das crentes,
aquela que nunca olhou a meios para apoiar as iniciativas paroquiais, aquela
que nunca lhe negou um garrafão de vinho para que também ele pudesse, à
semelhança dos homens que frequentavam a mercearia, esquecer-se das durezas do
quotidiano, tinha sido demasiado. Após diversas cartas anónimas a denunciarem o
comportamento desviante de um homem de Deus que via na imagem de Cristo a
perfeição sexual, o padre João Carlos tinha sido vítima de um doloroso e moroso
processo de excomunhão.
Mas a vida tem coisas e voltas
do diabo, pensou Maria de Freitas depois do diagnóstico do médico.
Não foi, por isso, de espantar
que nessa mesma semana o João Inácio tivesse sido alvejado pelas costas durante
um dos seus rotineiros passeios de fim de verão pelos campos que rodeavam a
vila de Meandros. À noite os homens beberam ainda mais para acompanhar a dor de
um pai que tudo tinha feito pelo seu filho, enquanto Maria de Freitas sentada
sozinha na sala contígua ao café embalava uma caneca de chá de cidreira com dose dupla de bagaço e
ouvia o choro furioso do seu marido, relembrando ternamente o momento fugaz do beijo que conseguiu roubar
ao padre João Carlos.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
vício de mãos
Se há coisa horrível, temível, capaz de criar pesadelos nas mais inocentes crianças destas terras germânicas e arredores é a questão da perda de tempo. A inutilidade é algo que é combatido desde a mais tenra idade sem qualquer tipo de pudor pelas teorias poéticas do Manoel de Barros. As companhias de seguros recusam-se terminantemente a garantir a segurança de todos os que são com frequência apanhados com olhos líricos perdidos num qualquer ponto de espaço. Se nos encontramos perdidos em pensamentos é recomendado que o façamos de forma séria como quem resolve uma complicada equação matemática que nos garanta, pelo menos, um nobel da economia.
Mas é claro que vos descrevo uma situação hipotética pois mesmo os autóctones se deixam levar por mais elevados pensamentos que não nos levam a lado nenhum, incorrendo em pecados capitais condenados pelos mais diversos sectores da sociedade. Contudo a imagem ibérica do senhor de chapéu na cabeça e mãos nos bolsos em dias de sol é coisa por aqui pouco vista, sendo substituída por pessoas que não sabem o que fazer com as mãos. Podendo ser chato ter mãos, é infinitamente mais chato não saber o que fazer com elas. Daí haver um número considerável de pessoas que enchem as mãos com cigarros e telemóveis impondo um ar de quem aproveita o sinal vermelho de uma passadeira para responderem de forma positiva aos anúncios de cada estação de metro ou consultarem as últimas novidades de amigos e conhecidos que, como eles, também estarão a aproveitar os tempos mortos da vida activa e real para matarem este vício de mãos que é infligido e aflige os locais desde a mais tenra idade.
Mas é claro que vos descrevo uma situação hipotética pois mesmo os autóctones se deixam levar por mais elevados pensamentos que não nos levam a lado nenhum, incorrendo em pecados capitais condenados pelos mais diversos sectores da sociedade. Contudo a imagem ibérica do senhor de chapéu na cabeça e mãos nos bolsos em dias de sol é coisa por aqui pouco vista, sendo substituída por pessoas que não sabem o que fazer com as mãos. Podendo ser chato ter mãos, é infinitamente mais chato não saber o que fazer com elas. Daí haver um número considerável de pessoas que enchem as mãos com cigarros e telemóveis impondo um ar de quem aproveita o sinal vermelho de uma passadeira para responderem de forma positiva aos anúncios de cada estação de metro ou consultarem as últimas novidades de amigos e conhecidos que, como eles, também estarão a aproveitar os tempos mortos da vida activa e real para matarem este vício de mãos que é infligido e aflige os locais desde a mais tenra idade.
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