sábado, 13 de novembro de 2010

Quão assustadora pode ser a limpeza de um frigorífico?

Sei que poderá ser uma questão aparentemente simples, mas acreditem que de onde vos escrevo, é tudo menos isso.
O sentimento verdadeiramente altruísta que muito boa gente tem de achar que 2 tomates cherry poderão dar jeito a alguém ou que um resto de sumo invisível ao humano olho poderá matar a sede de todos os que se aventuram a subir até à Graça em dias de maior calor vai-se deteriorando até ao simples desleixo de deixar pacotes de saladas por abrir ou, pura e simplesmente, embalagens vazias.
Por muito desagradável que tudo isto seja, teremos que contar com a cumplicidade de todos os que não se importam e não comentam que os seus legumes estejam prestes a ser devorados de forma canibal por maioneses que foram trazidas para vida através de uma longa e saturada maturação. E isto para não falar em catranhurros que fazem os inspectores da ASAE parecerem playmobis e que fazem o processo de mutação das tartarugas ninja parecer coisa de meninos.
Uma vez equipado com luvas até ao pescoço e de cif power cream na mão (já que não se deve esquecer o meu diminuto olfacto) eis que, de tempos a tempos me lanço ao ataque de forma impiedosa.
Hoje foi dia disso. Amanhã não o será. E isso e só isso é que me faz sorrir no momento em que vos escrevo.

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