quinta-feira, 18 de novembro de 2010

De modas e modos

Deverá existir um qualquer ditado que nos põe de sobreaviso quando recebemos um telefonema de pessoas demasiado simpáticas que nos tratam de forma reverencial.
E assim fiquei no outro dia. Resulta que eram pessoas de uma seguradora a tentarem impingir sabe Deus o quê relacionado com saúde e higiene no trabalho.
Sendo que tomo banho bastante amiúde, não vi razões porque temer.
Mas aparentemente quem temeu foi uma mocita dos seus vinte e qualquer coisa anos e de acentuado sotaque coimbrão que, desde logo, passou ao ataque descrevendo um sem número de coimas e maldições eternas por desrespeito e falta de fé.
Claro está que tudo isto terminou num belo e claro "Então, assina?"
Não assinei.
Fazendo usufruto destas novas tecnologias da internet, pus-me em rápido contacto com quem de direito e cedo percebi que tamanhas ameaças não tinham razão de ser e que tomar banho amiúde bastava.
Quando liguei a comunicar esta brilhante verdade universal à roliça menina, assim me dispensando de gastar um dinheiro despropositado, fui brindado com um: "Então a que horas quer que passe por aí para assinarmos?"
Eu cá não sei, mas suspeito até agora que ela não percebeu o que lhe disse.
Seja como for, o encontro não se realizou, pois acabei por usar a cimeira da Nato como desculpa, que sempre é uma coisa que está na moda.

1 comentário:

  1. :-)
    Não mudas, mesmo depois de voltares a estar imerso no banho civilizacional da grande cidade.

    ResponderEliminar