segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Da ausencia da metrópole

Esperando o metro
às vezes me soa
que a soma das vozes
à minha volta
é igual ao portugues
silencioso da minha terra natal
(em santarém nao se chega nunca
 a falar,
murmura-se apenas).
Sinto um cochicho de ondas a descerem-me o pescoco
causando aquele arrepio
no qual me costumava aconchegar
quando aprendia os significados
da vida à minha volta.
Entrando na carruagem que
me leva a destinos que
decifro cada vez mais,
fecho os olhos e
ignoro as pessoas à minha volta
como se de bons amigos se tratassem.

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