Conheci o Mario no dia em que morreu.
Acontece-me amiúde. Eles morrem e eu lá estou, pronto a conhece-los.
Na altura estava apaixonado pelo Moacyr (ainda estou) mas já andava nos primeiros namoriscos com o Galeano, comecando a acreditar que beber mate confere uma capacidade literária capaz de inscrever qualquer um no Olimpo literário e nos códices do Harold Bloom.
Passados quase quatro anos, estou apaixonado pelo Mario. Pelo Moacyr. Pelo Galeano. Pelo Valter. Pelo Saramago. Pelo Lodge. Pela Sophia. Por todos os que ainda me fazem sorrir (maneira simpática de abreviar uma lista que sempre ficaria incompleta). Sou um pouco permissivo nestas coisas, embora só costume ir com um de cada vez.
Hoje jantei com o Mario da mesma maneira como quem janta com um bom amigo. Sendo que este amigo nunca falta alegando constipacoes ou obstipacoes. Pode até mesmo estar morto que nunca falta. Às vezes pode ser difícil de encontrar, mas uma vez encontrado, nao falta.
E da mesma maneira que comigo jantam, sempre os consigo levar para cama sabendo que quando acordar ainda lá estarao ao meu lado.
Que bonito é ainda estar apaixonado!
E acreditar.
Que bom! Quem ama assim, descobriu o caminho para a felicidade...
ResponderEliminarAssim é!
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