Eles são coreanos, japoneses, chineses, bascos, um sem número de povos de hábitos e costumes estranhos.
Mas no que toca a nomes verdadeiramente curiosos, o prémio de 2010 vai para uma futura advogada francesa que se apresentou como Marineige.
Sendo que passei grande parte dos meus anos de francês no liceu a pensar em futebol, matraquilhos, na rapariga que se sentava ao meu lado nas aulas, na geometria dos tacos do chão das salas dos anos 40 e na importância dos movimentos republicanos na Catalunha, não consegui perceber o nome.
Marinezzzz, pareceu-me.
Perante o meu ar de espanto, ela repetiu, naquele tom de superioridade civilizacional que marca os gauleses aquilo que me pareceu ser: Marinezzzzzz
Sorri e afastei-me. Contudo, ela, atenta a esta minha falha linguística confessou-me ser de origem espanhola e que o nome dela era, nem mais nem menos do que uma tradução para o francês de Marinieve, Maria das Neves em bom português.
Emocionado, contive um sorriso de escárnio, pus-lhe a mão no ombro e encetei conversa com o meu primeiro hóspede de Taiwan, que ao saber desta sua condição me deu um abraço esmagando-me de felicidade asiática.
E assim se acaba um ano na esperança de reacções menos eufóricas e pessoas com nomes mais pronunciáveis.
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